Dificuldades no envio de dados entre os dois planetas é o principal motivo da escolha.
O avanço da tecnologia permite que nossos celulares possam ter câmeras de até 41 megapixels, como é o caso do Nokia Pure View. Mas então por que um veículo tão avançado como o Curiosity, enviado em missão à Marte, conta apenas com uma câmera de 2 MP?
De acordo com o gerente de projeto da câmera, Mike Ravine, o Curiosity envia suas imagens através de uma simples frequência de UHF, bem diferente das rápidas redes de banda larga que nós dispomos hoje em dia para enviar fotografias gigantescas. Esse é o principal motivo.
Segundo Ravine, o veículo-laboratório pode transmitir apenas 31,25 MB por dia, ou menos de um gigabyte por mês. Isso acontece porque diversos outros instrumentos a bordo também têm suas cotas de envio de informações.
Ainda assim, apesar da largura baixa da banda, a equipe poderia ter enviado sensores de alta resolução, caso as especificações do projeto não tivessem sido resolvidas oito anos atrás.
Há também um detalhe muito importante nessa questão de megapixels: nós estamos acostumados a relacionar a qualidade de uma câmera com sua quantidade de MPs, quando na verdade isso se refere apenas ao tamanho da resolução das imagens.
No caso da câmera do Curiosity, a grande confiabilidade dos sensores e a familiaridade da equipe com eles teve um enorme peso na escolha. O mesmo sensor Kodak Kai-2020 está presente nas quatro diferentes câmeras da sonda, oferecendo à equipe uma plataforma comum para ser trabalhada.
Escrito por: Maurílio M. A. Santos
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